domingo, 25 de setembro de 2011

O beijo do diabo.



   Suspiro quando me lembro do primeiro e o único beijo que deu-me, desaparecendo como fumaça da minha frente, desamparada fiquei, nem noticias suas você se quer deu-me. Momento aparecia em minha frente como fumaça, abraçava-me e sumia novamente sem dizer adeus. Tinha a impressão de que aparecia em meus sonhos, acordava, batia a carência e remoia entre os lençóis, não havia explicações por que de tanto amor que sentia por você, foi somente um beijo, perguntas foram sendo lançada a minha sorte, respostas que jamais conseguia encontrar nos seus olhares, pois, suas chegadas eram tão rápidas e suas saídas eram tão imprevisíveis, atordoavam minha mente, ainda mais quando deixava rosas negras em cima da minha cama, arrepiava minha alma.

   Dormia ao som dos seus passos chegando à beira da minha porta deixando mais uma de suas rosas e desaparecia deixando sua negra saudade. Sentia medo, ao mesmo tempo anestesiada. Não sabia as horas que você viria, sabendo que nas madrugadas você visitar-me-ia rapidamente, deixando mais uma de suas rosas com a mesma cor. Juntava estas rosas em um vaso, sem água, pois elas permaneciam vivas. Continuei viver esta fantasia maluca, nostálgica que me deixa remexida por dentro de tanta euforia misturada com amargura. Sem sua presença eu sentia o inferno em minha vida, passava as horas recaia o céu em minha cabeça. Parecia que você acompanhava meu dia-dia, minha rotina estava desenhada, calculada, somente para que você soubesse onde eu estava. Tinha muitas alucinações, coisas bizarras apareciam em minha mente, perturbava meu consciente, fazendo-me cair em tremendo desespero, despia das minhas melancolias e refugiava para dentro da igreja, lá me sentia segura de mim mesmo, esquecia tudo, mas você continuava vagar em minha mente.

   Queria você, sempre! Em outros momentos preferia você longe de mim, cheguei a sentia todos os sentimentos possíveis, até a morte eu desejei! Isso é muita loucura para mim! Não sabia a quem recorrer, pois amei demais, tinha medo demais e estava ficando anormal demais. Não sei o que ele tinha, mas o que tinha mexia com minhas estribeiras, perdia o controle de mim, humana, afundava em um abismo, uma escuridão que não enxergava você. Recorri aos astros em dizer o que me reservava à única coisa que ele disse foi um pacto. Quanto mais eu esperava outro beijo, mais ele sugava minha alma, meus sentimentos ele controlava, senti-me bastarda de mim mesmo. Por onde andas? As rosas que deixa em minha cama ou perto da porta continuam vivas desde o primeiro dia. Não sabia por que ela tinha aquela cor e muito menos porque elas sobrevivem sem água, mas tinha um apego a elas, dava-me a sensação de obscuridade em minha paixão.

   Certo dia, acordei às três horas da madrugada, você estava em pé em frente a minha cama, assustei, pois não havia ouvido os passos. Sua forma não era como na ultima vez que vi, a  luz do luar dava para enxerga os seus olhos vazios penetrando em minha mente, vivenciei em segundos tudo novamente, começando pelo beijo. Voltei ao consciente você não estava mais lá, acendi a luz, havia penas espalhadas no chão. Naquele momento eu fiquei abismada, sem palavras, não sabia que poderia vivenciar algo sobrenatural, senti calafrios quando percebi que envolvi-me com alguém que eu não tinha controle, mas tinha poder para controlar-me. Suspirei com ar de amargamente e deitei no chão em prantos, de pensar que mesmo descobrindo quem ele era, continuei amando.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Paixão de lata

   Apaixonei por um homem, seu coração era feito de sucata, loucamente fiquei fissurada, os meus olhos queria se casar com os dele, mas percebi que não havia sentimento algum brotando em seu semblante. Queria fazer algo para mudar sua vida, o seu jeito de ser, ficava cada vez mais atordoada, em saber que nunca poderia ter um sorriso, um sentimento de raiva, de carinho, as possibilidades loucaltiavam minhas expectativas. Desfalecia quando tentava despertar desejo, afetividade que jamais conseguiria despertar. Ficava completamente louca quando o desejo que ele tinha por mim, era mera futilidade, descabelava, batia as pernas como uma criança pirracenta. Retribuía minha doce alegria, vinha você com sua ingratidão destemida. Você conseguiu mexer com a minha mente, fazer arrancar todos os meus cabelos de tanta raiva e ódio que você provoca em mim.
   Não sei por que de tantas falas entre linhas, de tantas parábolas e mentiras, você espreme minha vontade de viver contigo, de sonhar um futuro, mas seus sentimentos de plásticos acabam fazendo os meus desejos e sonhos despencarem o mais alto das nuvens. O que queres de mim? Minha alma? Quer fazer um pacto comigo? Você já me tem por completo, mas isso não é suficiente para você?  Sua diversão é ver como sua escrava, humilhando migalhas que caem de sua mesa farta de mesquinharias, estafada estou! Magoada por suas atitudes canalhas, não sei como descrever sua pessoa, você pisa em meu coração, esmaga e quer enlatar meus sentimentos.  Você sabe mágoa minha alma, destruir o meu amanhar, o meu erro foi amar você demais e deixar você jogar na minha cara, que eu escolhi ser mais uma de suas amantes. O que você quer mais de mim? Busquei de todas as formas fazer você feliz, pois o pouco que me dava era o suficiente para sentir-me amada.
   Sempre você dizia que tentava, mas suas expressões era que nada fazia, falava loucamente da nossa relação, em duas frases, você acabava com a minha esperança, deixava-me agoniada e com medo de investir em você. Quantas máscaras você usa? Quantas mentiras você já disse? Todos os seus elogios, carícias trocadas, foram somente peças encenadas? Não sei dizer, mas quando quer conquistar-me novamente, você hipnotiza meus sentimentos e passa a borracha em tudo novamente. Não sei mais o que esperar, estou em pedaços pelos seus caprichos e insensatez maligna. Corri atrás de algo que podia transformar você em um humano com coração de verdade, mas você está conseguindo colocar-me no seu mundo de lata, aonde eu perco o amor e você continua disfarçando ser humano, quando eu descubro que você é um homem de lata.