quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Na encruzilhada adormecida.

  Foi caminho pelas estradas escuras, sob a lua cheia que perdido fiquei. Minha alma parecia vagar sobre aquela escuridão, que pairava em minha frente. O destino o qual minha mente imaginava não chegava nem perto de onde queria chega. Eu desfaleci em meu semblante e aquela escuridão parecia engoli o restante que havia de mim. Quando fechei os olhos em desespero aquela neblina suave escorria sobre meus tornozelos e hipoteticamente pensei que havia morrido. Quanta ignorância em pensar que da minha insignificante alma seria arrebatada pelo bem que de sorte o invoco na angustia. Naquela momentânea fraqueza das minhas razões levantei e continuei caminhando. Ouvindo o uivo dos lobos famintos e vendo o brilhante olha da coruja em sua caça. Não havia sentindo real de estar ali, acreditava em meu sentido que alguém influenciava-me em levar-me à algum lugar. Quando minhas pulpilas dilataram com o bramido que estrondava aquela floresta eu não exitei e corri sem temer o que esperava-me na penumbra ao meu redor.

   Quando tropecei naquela pedra e fui arremessado para frente como se algo tivesse empurrado-me. Bati a cabeça e desmaie. Acordei com a luz da grande lua iluminando-me, levantei atordoadamente e olhei ao meu redor, havia quatro caminhos e não lembrava-me deles. Ouvi risos, pensei que era algo da minha mente, por ter caído violentamente, olhei novamente ao meu redor e minha consciência despertou, estava em uma encruzilhada! Meu olhos ficaram arregalados e apreensivo fiquei. Aquela risada novamente, porém mais maliciosa apresentou, no meu interior já debulhava o terço da misericórdia. Não bastava o suficiente para tirar terror que dominava-me. Quando pela terceira vez aquela risada com um tom de deboche ecoou nos meus ouvidos, era tão real a presença de alguém que minha alma sentiu o frio impetuoso cobrindo-me. Não sabia se gritava ou corria loucamente, no fundo algo sussurrava m dizer quem era e jamais queria acreditar que reapareceria. No piscar de olhos aquela mulher saiu dá escuridão, com um riso estonteante e ameaçador, eu por vez sorrir sem graça, era decepcionante o meu olhar em ver que minha certeza havia tirado minhas indecisões. 

  Aquela imponente mulher com o seu perfume místico chegando mais perto de mim, fazia minha alma congelar, e com suas unhas que pareciam garras pegou o meu queixo com muita autoridade e domínio e virou o meu rosto de frente para o seu. E como muita autoridade e cerviz alta olhou dentro dos meus olhos. Mais nada daquilo temia-me! Com a mesma retórica retribui, - ela disse: Está alto demais  pela significância que és! Abaixe seu arrogante olhar, pois no ultimo encontro sumiste como vento da extremidades da terra e muito trabalho foi dado em acha-ló. -Não tenho nada contigo meretriz! A mim não pertence sua indignidade. Quando terminei de falar aquelas rudes palavras, a lua escondeu atrás das nuvens vermelhas e os animais das noites encantadas, revelaram. - nosso pacto ainda vive! Eu sou a sua amante desencanada que  retribui sua ira na minha grande vingança, quando dormiste comigo na cama do precipício não exitaste em falar que amava-me. Tu és o príncipe da grande luxuria eis que renovo em mim nosso matrimônio oculto.


   Naquele momento eu fechei os meus olhos, acreditando que era somente um grande pesadelo. Um súbito de morte acordou-me daquela real fantasia. Percebi que havia entrado em algum êxtase  percebendo que naquela noite eu havia feito a fornicação da carne. Aquela mensagem subliminar afrontava minhas crenças, encarnado a realidade do que minha alma em segredo sentia, que na encruzilhada do meu ser ela sempre virá de alguma forma, lembrar-me que ainda existe no luar da noite a memoria do nosso pacto.