Chegando a minha casa, pendurei mais uma de minhas mascaras, tirei minha roupa e lavei minha cara pintada, olhei para o espelho vi marcas, manchas e muitas lagrimas. Não sabia mais qual delas usá-las, pois todas estavam desgastadas, algumas desmascaradas outras inutilizadas. Esconder-me atrás de uma fantasia, de uma louca nostalgia, máscaras usadas para esconder-me da paixão, da plena satisfação. Algumas utilizadas para máscara o coração, trazendo meras razões. Não sei se as máscaras vão esconder minha desilusão, meu apego pela razão. Máscaras ocultam minha delicada alma apaixonada, eternamente embriagada pelo vinho da sedução.
Não sei se quero abrir mão de minhas aventuras mascaradas, de paixões disfarçadas de amores insensatos. O medo de mostrar o meu rosto, minha verdadeira face, corrompe o preconceito com a paixão, ferem minha alma racional, meus conceitos machistas. Não basta larga minha inconstante fidelidade, minhas contradições sobre o sentimento amar. Às vezes há vontade de viver um amor de cinema, outros, um caso de romance, aventuras desvairadas ou um conto teatral. Uma comedia romântica é uma boa pedida, mas chega de ilusões! Pois a o momento e os momentos em ser vivenciado.
