terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O santo, profano e amado.



   Meu Deus salve-me desta mulher que perturba minha mente, meretriz da seduz, induz a cair no pecado mortal da luxuria, o que farei meu Senhor? Reservo-me para purificação da minha alma, ela tenta sujar minhas veste da infame prostituição, tenho que redimir que apaixonei pelo seu gingado hipnotizador, fugindo da cama infernal. Não tive coragem de deixa – lá aprisionar minha santidade na sanidade. Estou ficando louco! Loucura tal, que traz alucinações quando durmo. Vejo o véu vermelho vagar pelo meu corpo, dançar sobre minha mente, jamais deixarei este demônio possuir minha alma, desviar o meu foco para a calamidade da inconsciência. Enxergo a tentação aplaudindo meu desespero, não sei por que dei brechas em tentar ser o bom samaritano. Arrependo amargamente! O tempo passa e não vejo meu Deus livrar-me da provação. Sou um homem religioso, cheio de temor, jamais poderia ser induzido a cair nas palavras belas da serpente que cerca minha espiritualidade.  

  Fujo dos seus encantos, dos seus rituais que são maiores que minhas orações. Com quem estou lidando? Para mim ela é uma deusa onisciente, pois sabia que minha fraqueza era a tentação pelo desconhecido. O que está mulher quer de mim? Ainda não sei! Corri para a igreja, fui até o padre, encontrei-o pregado em uma cruz, ela estava lá, disfarçada dele, perguntando com ironia se precisava de ajuda. Peguei o meu terço, mas nada adiantou, ela rezou comigo todas as ladinhas possíveis, disse-me que minha fé não era suficiente para livrar do amor que ela tinha a oferecer-me. Tentei conjurá-la para as profundezas, conjurado fui por sua mansa voz e envolvente. Voltei transtornado para casa, ajoelhei ao pé da cama, clamei chorando a Deus, onde está o Senhor? Não deixe morrer minha fé, minha credibilidade por ti. Tive medo de dormi, pois ouvia um cântico gótico me fazendo sair do meu corpo, era levado ao bucólico mundo desconhecido, nunca havia experimentado algo semelhante.

  Pensei muitas vezes em enfrentá-la, mas ela parecia imbatível, invencível. Não sabia por que ela fala tanto de amor, pois não consegui discerni está palavra em minha pequenina sabedoria. Comecei a pesquisar sobre a tal palavra, virei noites, passei os meus dias vasculhando, refletindo sobre o paradigma, cheguei a uma conclusão, até que um dos meus sonhos ela apareceu, chamando-me para uma travessia, mas antes ela fez uma pergunta pertinente: Amas o teu deus? Respondi com convicção: ele nunca ensinou-me a amar! – Então venha para o verdadeiro amor que possui a alma, que domina o espírito e escraviza o corpo. Sem duvidas estendi minhas mãos e atravessei para o desconhecido. Cai na cama do inferno, entrelacei minhas afloradas vontades de mergulhar nos desejos insanos. O seu cheiro iludia minha motivação, o seu corpo me fazia pecar no pensar. Na tentação cai, blasfemei contra minha fé, o deus que pensei que conhecia jamais me ajudou a socorrer da perversidade.

  Tornei-me igual a ela, fui transformado na apoteótica luxuria que carregava, tornei o rei de mim mesmo, o amor da escuridão habitava em mim, perdi o domino da consciência e dominei o pecado sem pudor. Fui chamado por ela de à serpente do éden, o senhor do deserto. Vivíamos navegando pela imensidão da penumbra envelhecida do vazio que preenchia a falta de vida que havia em mim, esgotei de viver na superficialidade do meu ser. Pensei de varias maneiras de livrar-me dela, mas não havia como quebra o pacto, até que um dia ela desfez o pacto que havia, deixando-me livre, não perguntei o porquê, mas quando abri a porta para atravessa para o meu mundo, ela disse: O pacto foi desfeito, mas eu nunca deixarei de ser o seu Deus! Não havia acreditado no que ela havia dito-me, pensei em continuar atravessando, suspirei, fiquei calado. Bati a porta, decidi ficar para viver um romance mal, já estou pactuado em saber quem é você, não vai adiantar eu sair por aquela porta e viver algo que não poderei fugir. Ensinaste a amar de uma maneira cruel, tornei-me cruel e desta maneira que satisfaz a você, seja dada a plena satisfação de viver um historia nua e escura. Caso contigo para vivermos um amor, quero ser o santo do pecado, você o deus do profano.  
  

domingo, 4 de dezembro de 2011

Amante de almas


   Trago os meus versos a existência, faço em cada instante algo para se viver, lapso do que vive no passado, refaço de uma maneira diferente.  Você, querida amiga, nunca foi minha favorita, o seu amor fidedigno da minha compaixão, enchia os lábios do batom do amor para dizer que me amava. E não percebeu que amou a pessoa na hora errada. O meu apreço por você era somente gratidão, não enxergava como minha amada, nem apaixonado eu fui por ti. Você constrangia por sua forma de trata-me com delicadeza, cheguei a torna-me porcelana em suas mãos, do medo que esboçava em cada gesto, em cada lagrima que não via sair do seu olhar. Percebo a tristeza recorrente da solidão que sentes, é lamentável em não poder abraçar sua melancólica tristeza, mas prefiro afastar-me da sua vida, do seu dia-dia, não quero massacra sua esperança, dando-lhe esboço das minhas aventuras, das paixões que não quero corresponder, dos amores perdidos. A minha vontade insensata de derrubar a fortaleza da minha rivalidade com o amor.
  
  Não posso mais alimentar sua vida das minhas derrotas, duvidas que cerquem minha vontade de viver. Fujo do seu amor, seu belo amor que jamais eu vi verdade em alguém como você. Peço perdão ao universo que conspirou erroneamente ao meu favor, não sei amar como você, tudo que quis dar-me foi demais, o fardo era tão pesado, que tive medo de espatifar meu coração de pedra. Maldita a hora que apareceu em minha vida, não queria ter virado o vilão da historia, ter sido o bandido da sua vida. Era para ser algo passageiro, mas você arrombou minha porta, tentando entrar nos meus aposentos, não pude deixar você entrar, não foi por medo de tentar, foi por vontade de não amar-te querida. Expulsei da minha morada, deixando-a na rua da amargura. Sei que minhas palavras para você soam como a mentira que correi os ossos, pois a todo o momento eu menti para você, só para te ver feliz. Sim, sacrifiquei meus fins de semana, minhas horas, para poupar sua infelicidade, até ela eu consegui enganar!

   Quero que entenda que sou um aventureiro, não sou peregrino da paixão. Sou fugitivo do cativeiro do amor, sou o moçinho mal da sua novela. Por favor, não guarde magoas de mim, só não quis fazer feridas no seu coração, mas foi inevitável, pois, não desistiu de arrombar minha porta. Tive que usar minhas armas, até o ponto de levar desmaia para o meu porão, trancafiá-la no poço da ilusão, afogar sua miserável possessão até perder o fôlego que restava, não há deixei morrer. Carreguei para minha cama, despi de suas vergonhas, maquiei sua tristeza, coloquei uma de minhas mascaras. Vesti como bailarina. Diminui o seu orgulho em não admitir que houvesse perdido, colocando na minha caixinha de música, ao som da melancólica melodia que fiz. 

   Dançava, toda vez que observava que controlei tudo que havia em ti, até sua alma eu me tomei para mim. Foi tudo muito fácil, brinquei demais com seus sentimentos, confesso que foi divertido. Você deve está pensando, então porque tudo isso aconteceu? É simples querida, por que mostrei a você a razão de viver o presente, não esperando a incerteza de um futuro que nem o amor pode revelar. Confesso que passei dos limites, que tratei você como não merecia, fui tratado como eu não merecia, você passou por cima de toda dor, cobrindo tudo com o seu verdadeiro amor. Mesmo assim, não foi o suficiente para despertar em mim a canção do amor. Desça da caixa de musica, está livre, para viver com outro alguém. Minha maior felicidade é esta, em deixar você livre, tome sua alma, suas memórias. Pois a única verdade que poderei expressar foi à hora que te disse adeus, está foi minha maior verdade. Um adeus.

domingo, 6 de novembro de 2011

Bruxa do amor


  Andei por terras inabitáveis a procura de algo que criasse vida ao meu semelhante mundo, pelas veredas da angustia vagava solitariamente, não havia placas, indicadores, que mostrasse a direção de um mundo aonde eu encontrasse pessoas que me instruísse em criar vida à terra de onde eu vim.  Não sabia quem era eu, desconfiava somente da minha alma perdida, como as perguntas que me acompanhava. Perdi a noção do tempo e na terra que andava, pois não havia dia e nem noite. Era um viajante em busca de sentidos, um inocente em busca da verdade. A fragilidade que encontrava, dava brecha para o primeiro que estendesse a mão, aproveitaria da minha pequenez. De tanto caminhar já estava fadigado, sentei em uma rocha, abaixei a cabeça e suspirei em sinal de tristeza.  Levantei a cabeça para avistar a esperança, acabei avistando um casebre, a fumaça da chaminé indicava que habitava vida naquele lugar. Levantei apressadamente, corri, corri, parecia que quanto mais corria, mais longe o casebre ficava, decidi parar, retomar o fôlego e quando comecei a dar os primeiros passos a casa veio para perto de mim, pensei que estava tento alucinações, mas não importei. Bati na porta, ela estava entre aberta, o ranger das ferraduras indicava a velhice do lugar, olhei de banda, e devagar fui abrindo a porta. 


   Avistei uma mulher sentada em frente à lareira, antes que eu dissesse algo, ela chamou-me pelo nome. Dizendo: homem dos passos largos, procuras a verdade onde mora em ti a inocência, nada sabeis da vida, mas guarda em ti um mistério intocável, tendo o poder de destruir mundo e criá-los em meio ao nada. Fiquei parado, com as pernas tremulas, aonde não consegui conversar se quer com minha alma. Uma simples senhora chama-me pelo meu nome, era algo complexo para o meu entendimento, minha racionalidade não compreendia o sobrenatural, mas tinha a certeza de que algo diferente, ela tinha! Ela convidou-me para sentar ao seu lado, com receio, sentei devagar, já não sabia mais onde estavam minhas perguntas, o meu desespero agora era saber de onde está mulher conhecia-me. Ela apoiava mesmo sentada em uma bengala em forma de cruz, despercebido olhava os detalhes do casebre, ela encarou-me com os olhos, olhando dentro deles, não sei como ela fez aquilo, meu corpo perdeu a noção do lugar, fui dimensionado ao meu mundo. Paramos em pé no meio dele. Ela virou e disse: Veja o nada e o tudo ao mesmo tempo? Fiquei confuso com a ambigüidade de sua pergunta, ela virou mais uma vez e disse: Veja o tudo em meio ao nada! Não entendi novamente o que ela quis dizer. Então me pegou pelo braço e disse: Covarde! Veja o tudo em meio ao nada! Eu respondi com arrogância – Não a tudo e não a nada! Sabendo da minha resposta, ela êxito com grande voz, - homem sem amor, não sabeis criar o nada e nem despertar o espírito que da vida!

   Lanço-te um feitiço! Perderas a inocência que dá sentido da vida, colocarei o amor que adocica sua alma e poderá vivenciar amargos dias, conjuro vossa alma para o infinito do seu ser, não saberás viver sem o amor, mesmo desprezando, escorraçando, não poderás destroná-lo, pois você e o alicerce da vossa sobrevivência. Nem que profiras palavras de maldição não reverterá o que já está escrito. Os seus sábados pode haver luz, negros também se tornaram, quer o poder para da vida ao seu mundo vazio? Enxergue o tudo em meio ao nada! O seu passado é a resposta para o seu presente, espinho da imaculada cruz que irá carregar. Não vê como o seu mundo foi destruído por uma guerra que você mesmo travou?! Desafiou a fúria do amor, sucumbindo a sua morada, tirando laços de diplomacia, partindo para sangrenta guerra fria. O que tudo isso adiantou? Nada! Por isso não sabeis enxerga o tudo em meio ao nada!
 
   Com tudo o que ela disse, fiquei embasbacado, mesmo ela falando entre linhas eu vi as resposta saltando entre elas, mas uma duvida era pertinente, incomodava o neurônios das minhas compreensões, Perguntei: Quem é você? Conhece-me de onde? Nunca a vi em meu mundo? Ela, batendo a bengala no chão, dimensionados fomos para o casebre, estava eu sentando do mesmo jeito que sai se realmente sai.  Com sua voz mansa ela disse: Homem de passos largos, quando decretastes a guerra, o primeiro nome que gritou foi: bruxa do amor, banalizando minha imagem, fazendo com que as pessoas perdessem a fé pelo amor. Quando deu o seu grito de guerra, invoquei um feitiço, disfarçando do seu mais intimo amigo, fiquei do seu lado, instrui, planejai estratégias, aplicando contra mim mesma. Mesmo sabendo que perderia, destruí o seu mundo, para que em meio ao nada, enxergasse o tudo. Minha missão de paz termina aqui, fiz um feitiço que jamais poderá reverter, saberás criar em meio o nada o tudo, o tudo estará em você. Chegou a minha vez! De fazer o seu mundo de nada, um tudo!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Eufórica paixão.


   Amava a vida com tanto amor, havia algo dentro de mim que acompanhava minha felicidade de viver de uma forma simples e totalmente disposta a entregar-me a insanidade da paixão. Nunca havia amado ninguém, só havia desembarcado coisas passageiras em minha estação, que não foram o suficiente para desapegar do mundo que fantasiei. Mesmo cheio de fantasias sentia-me feliz, lia muitos romances, contos e filmes que tiravam a carência escondida em meu ser, meu coração vagava pelas ruínas da solidão, tirando minha mente de orbita em criar ilusões que alimentavam minha sede de escrever um romance com as palpitações do meu coração. Fechava os olhos em sinal de insensatez, o medo embolava com a ansiedade de encontrar alguém que pudesse lançar minha sorte, inventando os meus dias, construindo minha jornada.  Ficava perdida, com tanta ilusão que abastava minha alma saliente de tanto amor para dar. 

   Tinha o amor da vida, o descontentamento com a paixão, não sabia diferenciar a vantagem de viver contente e amar perdidamente. Não imaginava um príncipe encantado, mas queria um amado apaixonado, que espontaneamente tirasse o sorriso da minha boca, me fazendo enxergar a completa harmonia entre amar a vida e viver amando. O meu sonho por um instante tornou-se realidade, de tanto que almejava minha graça, concedida foi, pois não sabia esperar em tempo certo. Trombei com os olhos grandes daquele homem alinhado, seu sorriso deixava-me encantada, minhas pernas bambeou quando meu corpo aparou diante de sua formosura, fiquei perplexa de como ele cheirava, seu perfume adocicava minha boca envolvendo-me como o vento, por um instante o mundo parou para mim, não acreditava que o amor tinha tanto poder. Não trocamos palavras, somente os nossos olhares falaram por si próprios. Nem chegamos a trocar telefones, mas tinha a certeza que encontraríamos novamente. Voltei para casa, calada, tive o medo de que minha mente materializasse a irrealidade. Mas a divisão que a duvida fazia em minhas emoções não abatia a certeza de que amei a primeira vista.

   A saudade era latente, rezava para o destino, clamava as coincidências para que o encontrasse novamente. Caminhava pelas ruas a procura daquele homem, mas não via ninguém semelhante, minha tristeza foi aparecendo em meu rosto, à decepção de apostar no destino era mera futilidade; Entrei em um restaurante, sentei e pedi algo para comer, virei o rosto para ouvir a voz grossa daquele homem ao telefone, meus olhos alarmaram, meu coração disparou na velocidade das minhas emoções, fiquei tão eufórica que sentei-me na mesa dele indelicadamente. Ele sorriu, desligando o celular. Depois de muita conversa fomos para minha casa, jantamos e deitamos ao som de uma bela musica. Deitada naquela cama, não acreditava que tinha levado um homem que mal conhecia para dentro de minha casa, ele já havia dormido, eu levantei calmamente, peguei meu diário, escrevi um historia real, pois todas as que eu tinha escrito, foram historias que eu mesma fantasiei, não sabia diferencia o que sentia em minha mente, confusão seria a palavra certa? Não tenho certeza! Apaixonada? Encaixa em minhas palpitações.  

   Falávamos todos os dias, e nunca tínhamos conversado sobre a própria pessoa dele. Nunca achei isso estranho, mas também não era normal. Comecei a viver somente para ele, deixei de viver minha vida. Esqueci completamente o apego que tinha por mim mesma, minhas emoções foram vendidas por tostões da louca paixão. Ele conseguiu desligar-me das pessoas em minha volta, desconectar do mundo lá fora. Não sabia mais a cor do sol, nem o brilho da lua, sentia-me satisfeita com sua presença que aos poucos foram deixando de ser presença e a lembrança foi somente a solidão. Tinha tantos planos escritos, tantas fábulas criadas para que em meses virassem cinzas, tornando cinzentos os meus dias. Um dia, levantei da minha cama, em um estalar de dedos despertou minha alma daquele sonho fundido com pesadelo. Não sabia mais medir as loucuras que fiz. Louca eu? Insana? Mal amada, fique tão agoniada que não sabia o que dizer para a vida, pois deixei de saber por muito tempo o que era viver feliz. Pensei por vários dias que decisão tomar e tomei. Coloquei fogo em meu diário, meus livros, meus filmes, tudo que me lembra amar, rasguei, recordava-me o passado, apaguei, angustiava minha alma, eu abominei, e o homem que eu pensava amar, eu não amei. Expulsei-o da minha vida, mesmo com a confusa paixão, eu não titubeei! 

   Senti como o fôlego da vida trouxesse-me de volta a realidade. A dívida que eu tinha, eu paguei, pagando o preço alto de viver apaixonada. Não sei dizer se quero viver novamente um suposto amor, minhas suposições é omissões a minha vontade de viver. Viverei amando a vida, pois saberei o tempo certo de compreender a graça concedida, quando a oportunidade vier, saberei discernir em continuar vivendo amando ou parando para viver um amor.