Trago os meus versos a existência, faço em cada instante algo para se
viver, lapso do que vive no passado, refaço de uma maneira diferente. Você, querida amiga, nunca foi minha
favorita, o seu amor fidedigno da minha compaixão, enchia os lábios do batom do
amor para dizer que me amava. E não percebeu que amou a pessoa na hora errada. O
meu apreço por você era somente gratidão, não enxergava como minha amada, nem
apaixonado eu fui por ti. Você constrangia por sua forma de trata-me com
delicadeza, cheguei a torna-me porcelana em suas mãos, do medo que esboçava em
cada gesto, em cada lagrima que não via sair do seu olhar. Percebo a tristeza
recorrente da solidão que sentes, é lamentável em não poder abraçar sua
melancólica tristeza, mas prefiro afastar-me da sua vida, do seu dia-dia, não
quero massacra sua esperança, dando-lhe esboço das minhas aventuras, das
paixões que não quero corresponder, dos amores perdidos. A minha vontade
insensata de derrubar a fortaleza da minha rivalidade com o amor.
Não posso mais alimentar sua vida das minhas derrotas, duvidas que
cerquem minha vontade de viver. Fujo do seu amor, seu belo amor que jamais eu
vi verdade em alguém como você. Peço perdão ao universo que conspirou
erroneamente ao meu favor, não sei amar como você, tudo que quis dar-me foi
demais, o fardo era tão pesado, que tive medo de espatifar meu coração de
pedra. Maldita a hora que apareceu em minha vida, não queria ter virado o vilão
da historia, ter sido o bandido da sua vida. Era para ser algo passageiro, mas
você arrombou minha porta, tentando entrar nos meus aposentos, não pude deixar
você entrar, não foi por medo de tentar, foi por vontade de não amar-te
querida. Expulsei da minha morada, deixando-a na rua da amargura. Sei que
minhas palavras para você soam como a mentira que correi os ossos, pois a todo
o momento eu menti para você, só para te ver feliz. Sim, sacrifiquei meus fins
de semana, minhas horas, para poupar sua infelicidade, até ela eu consegui
enganar!
Quero que entenda que sou um aventureiro, não sou peregrino da paixão.
Sou fugitivo do cativeiro do amor, sou o moçinho mal da sua novela. Por favor,
não guarde magoas de mim, só não quis fazer feridas no seu coração, mas foi
inevitável, pois, não desistiu de arrombar minha porta. Tive que usar minhas
armas, até o ponto de levar desmaia para o meu porão, trancafiá-la no poço da
ilusão, afogar sua miserável possessão até perder o fôlego que restava, não há
deixei morrer. Carreguei para minha cama, despi de suas vergonhas, maquiei sua
tristeza, coloquei uma de minhas mascaras. Vesti como bailarina. Diminui o seu
orgulho em não admitir que houvesse perdido, colocando na minha caixinha de música,
ao som da melancólica melodia que fiz.
Dançava, toda vez que observava que controlei tudo que havia em ti, até
sua alma eu me tomei para mim. Foi tudo muito fácil, brinquei demais com seus
sentimentos, confesso que foi divertido. Você deve está pensando, então porque
tudo isso aconteceu? É simples querida, por que mostrei a você a razão de viver
o presente, não esperando a incerteza de um futuro que nem o amor pode revelar.
Confesso que passei dos limites, que tratei você como não merecia, fui tratado
como eu não merecia, você passou por cima de toda dor, cobrindo tudo com o seu
verdadeiro amor. Mesmo assim, não foi o suficiente para despertar em mim a
canção do amor. Desça da caixa de musica, está livre, para viver com outro
alguém. Minha maior felicidade é esta, em deixar você livre, tome sua alma,
suas memórias. Pois a única verdade que poderei expressar foi à hora que te
disse adeus, está foi minha maior verdade. Um adeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário