
Quando recebi estas palavras debaixo de minha porta, eu chorei. Como eu
gostava dos tempos memoráveis, não esquecerei com intenso desejo as verdades
que ficaram no oculto das minhas incertezas. Naquela manhã, eu resolvi
responder mais uma de suas cartas. Escrevi:
Você é a mal amada cobiçada! Cheia de vaidades orgulhosas e despeitadas.
O seu interior e o vazio das aparências que você carrega no olhar. Acomodou
demais na cama da solidão, está doente por não poder amar-me de uma forma
corajosa. Eu tentei interna sua rebeldia no acalento do meu colo amigo, você estapeou
minha gentileza e destruiu a delicadeza das minhas considerações. Eu sempre
recebo seus escritos ressentimentos, mas não vou punir meu raro amor em sofrer
desnecessariamente. Você foi ditadora contra a racionalidade dos meus ideais, no
fundo das minhas inspirações a caneta do poeta que mora em mim, recusa a
escrever verdades sobre sua egocêntrica vaidade. Como eu amava as pesadas
palavras que sobrepunha na minha cansada mente desgovernada.
Sinto que o arrependimento não remediará o presente sofrido. Curo-me das
inverdades ditas, calunias da cólera, refugiei nas calmas aguas do meu silêncio
para refrigerar minha alma ferida. Quero que siga suas convicções sobre a
imagem distorcida de mim, sei que nada mudará depois que receber minhas escritas
misturadas de rancor e liberdade.
