Não quero repugnar o desejo que
guardo em mim. As questões inexplicáveis são os fatos do contraditório, talvez
arrependa-me de ter entrado naquela vitrine de almas e encontrado você, na
velocidade que corria os interesses eu fui o primeiro, quando recebi a
reciprocidade do seu elogio, desmanchei com uma brasa em cinzas. Meus olhos
enxergavam além do que eu tinha fotografado, algo dizia-me que valeria a pena
viver uma mera aventura. Não sei explicar no que passa na vassala intimidade do
meu ser, sei somente o que sinto no presente dos fatos, que confuso e atordoado
estou. São tantos receios que busco a radicalidade nas entranhas da minha
ciência. É simplório demais no que demonstro em meu sorriso, o meu olhar parece
desejar o inevitável para penitência das minhas razões. Você mexe com minhas
estribeiras, encanta-me toda vez que mostra-me sua delicada alma, fazendo o seu
silêncio torna-se o questionário dos meus argumentos.
Sei muito bem que o tempo para velocidade do
que sinto é pouco, mas o pouco que tornou-se para mim o muito dos fatos. Agora
luto contra minha moral sobre este estranho sentimento que avassala como um
trem desgovernado, atropelando minhas análises e pragmáticas, fazendo meus
neurônios correr para o esconderijo da escuridão. O que faço em meio tantas
palavras vivas que espremem minha decisão? Aborreço a paixão vagarosa? Ou
prendo-a no porão do temor? A química explica a carência do que há muito tempo
não sentia, talvez, explique o porquê a pressa em achar resposta dentro das
perguntas. Quando eu arriscar em enfrentar o monstro que amedronta meu pequeno sentimento,
serei capaz de responder as tais perguntas que soam em línguas das paixões.
Só tenho em mim agora as expectativas de sentir
novamente o que faz das minhas escritas uma fantasiosa realidade. O que revelei
das minhas confidências foi os desejos sinceros de uma alma cansada. Cogita
penalizar meu sentimento em não continuar, no silêncio das respostas aplica a
facada da decepção, mas, não justifique por conforto do ato, mas por silêncio
da covardia. Não quero convicções das suas escolhas, busco na intimidade dos
corpos a profundidades de algo contínuo. Caso eu erre na aposta desta mesa, privarei
da minha decadente aparência, juntarei a esperança de uma história rascunhada e
buscarei um livro que inspire a escreve sobre um amor que nunca senti. Toda vez
que lembro-me desta aventura que vivo,
provoca-me arrepios e tanta satisfação
que passa a ``perna´´ em minha escondida tristeza. Tudo que mais quero é viver
este fogo que alastra sobre o corpo e ferventa nossas almas. Viver a boa
química é inquestionável, plausível e sonhador. Nas minhas intimidades quero que nada disto
acabe, mas transforme em uma paixão desentediada e um amor avassalador.
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