domingo, 17 de março de 2013

Indiretas escritas, verdades correspondidas.



  Deixo meu aperto de mão, em maus lençóis das perguntas que atinam para as horas que passa na derradeira correria do colapso mundo, prossigo também na jangada da maquina poluente. Aquelas paixões tão vazias de si não vão esquecer jamais, as malas que pesam minha consciência distorcida, não dizem mais nada.  A pressa do sutil dia ensolarado faz horas correrem para a mórbida monotonia, embaraço de mentes de encantamentos mal sucedidos. Acabei descobrindo que estou com o paladar do amor amargo na ponta da minha língua. Lagrimas não dizem mais sobre minhas fragilidades, fico presa, entediada por não amar em um único sentindo, como se o ar que em mim faz sobreviver minha alma, o amor é um pedaço que deixo de mim. 

  Quando recebi estas palavras debaixo de minha porta, eu chorei. Como eu gostava dos tempos memoráveis, não esquecerei com intenso desejo as verdades que ficaram no oculto das minhas incertezas. Naquela manhã, eu resolvi responder mais uma de suas cartas. Escrevi:  Você é a mal amada cobiçada! Cheia de vaidades orgulhosas e despeitadas. O seu interior e o vazio das aparências que você carrega no olhar. Acomodou demais na cama da solidão, está doente por não poder amar-me de uma forma corajosa. Eu tentei interna sua rebeldia no acalento do meu colo amigo, você estapeou minha gentileza e destruiu a delicadeza das minhas considerações. Eu sempre recebo seus escritos ressentimentos, mas não vou punir meu raro amor em sofrer desnecessariamente. Você foi ditadora contra a racionalidade dos meus ideais, no fundo das minhas inspirações a caneta do poeta que mora em mim, recusa a escrever verdades sobre sua egocêntrica vaidade. Como eu amava as pesadas palavras que sobrepunha na minha cansada mente desgovernada.

  Sinto que o arrependimento não remediará o presente sofrido. Curo-me das inverdades ditas, calunias da cólera, refugiei nas calmas aguas do meu silêncio para refrigerar minha alma ferida. Quero que siga suas convicções sobre a imagem distorcida de mim, sei que nada mudará depois que receber minhas escritas misturadas de rancor e liberdade. 

  Enviei a carta, passou dias, meses e a ansiedade diminuía ao passar das estações. Foi quando naquela tarde chuvosa eu recebi o mesmo envelope que havia colocado a carta, olhei, pensei profundamente em não abrir, mas minha curiosidade era a esperança que estremecia as expectativas. Abri, estava tudo lacrado, não havia resposta, nem afirmações. No sincero intimo havia atinado que havia respondido minha própria alma. Ela escondia de mim através de cartas com verdades nuas e cruas, eu por sinceridade, respondia com verdades sobre mim. 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Desejos intensos, perguntas inacabadas.



   Não quero repugnar o desejo que guardo em mim. As questões inexplicáveis são os fatos do contraditório, talvez arrependa-me de ter entrado naquela vitrine de almas e encontrado você, na velocidade que corria os interesses eu fui o primeiro, quando recebi a reciprocidade do seu elogio, desmanchei com uma brasa em cinzas. Meus olhos enxergavam além do que eu tinha fotografado, algo dizia-me que valeria a pena viver uma mera aventura. Não sei explicar no que passa na vassala intimidade do meu ser, sei somente o que sinto no presente dos fatos, que confuso e atordoado estou. São tantos receios que busco a radicalidade nas entranhas da minha ciência. É simplório demais no que demonstro em meu sorriso, o meu olhar parece desejar o inevitável para penitência das minhas razões. Você mexe com minhas estribeiras, encanta-me toda vez que mostra-me sua delicada alma, fazendo o seu silêncio torna-se o questionário dos meus argumentos.

    Sei muito bem que o tempo para velocidade do que sinto é pouco, mas o pouco que tornou-se para mim o muito dos fatos. Agora luto contra minha moral sobre este estranho sentimento que avassala como um trem desgovernado, atropelando minhas análises e pragmáticas, fazendo meus neurônios correr para o esconderijo da escuridão. O que faço em meio tantas palavras vivas que espremem minha decisão? Aborreço a paixão vagarosa? Ou prendo-a no porão do temor? A química explica a carência do que há muito tempo não sentia, talvez, explique o porquê a pressa em achar resposta dentro das perguntas. Quando eu arriscar em enfrentar o monstro que amedronta meu pequeno sentimento, serei capaz de responder as tais perguntas que soam em línguas das paixões.  

   Só tenho em mim agora as expectativas de sentir novamente o que faz das minhas escritas uma fantasiosa realidade. O que revelei das minhas confidências foi os desejos sinceros de uma alma cansada. Cogita penalizar meu sentimento em não continuar, no silêncio das respostas aplica a facada da decepção, mas, não justifique por conforto do ato, mas por silêncio da covardia. Não quero convicções das suas escolhas, busco na intimidade dos corpos a profundidades de algo contínuo. Caso eu erre na aposta desta mesa, privarei da minha decadente aparência, juntarei a esperança de uma história rascunhada e buscarei um livro que inspire a escreve sobre um amor que nunca senti. Toda vez que lembro-me  desta aventura que vivo, provoca-me arrepios  e tanta satisfação que passa a ``perna´´ em minha escondida tristeza. Tudo que mais quero é viver este fogo que alastra sobre o corpo e ferventa nossas almas. Viver a boa química é inquestionável, plausível e sonhador.  Nas minhas intimidades quero que nada disto acabe, mas transforme em uma paixão desentediada e um amor avassalador.