sexta-feira, 26 de abril de 2013

Insegurança prudente



  Minha cabeça deu um nó, laços apertados e abraços sinceros. Na confusão das minhas variadas emoções, eu criei dentro de mim uma resistência desnecessária que sucumbiu nas extremidades do meu ser, caindo em demasia os fatos irrelevantes. Foi um bombardeio do passado que acordei daquele pesadelo da prisão encantada, fantasiava a escravidão, elevava a razão sem nenhuma racionalidade. Eu pensei varias vezes em desistir de algo que não havia começado, fazendo alusão fatigante da minha esperança. A paixão estava perdendo sua brutal força, quando atinei para o momento da minha previa desistência dando um suspiro de vida e bombardeando amor em minhas veias. Haveria de um sonhador perder o folego de viver a intensidade de suas escritas por mera fragilidade imatura de não saber lidar com a paixão em sua avassaladora intensidade? Juro que bambeio gritando para a minha alma levantar das suas acomodações. Minha injuria maior é ver que posso perder as estribeiras por mera insanidade dos meus conceitos, por veracidades das minhas ignorâncias. 

   Hoje vejo-me no alto monte das verdades que construí, que desmorona a cada dia em verdades que hoje não sei mais seus significados. Ambiguidades, palavras de mentiras e desnecessidades mal compreendidas, são reflexos da insegurança que atormenta minha firmeza nas palavras. Revirei as tralhas do meu baú e encontrei a charada para as minhas respostas. O medo é latente quando eu olho nos seus olhos, ainda mais quando as incógnitas vazias que saem de mim são respondidas fora das minhas expectativas, como caio na contradição dos meus sentimentos, que martelam como um ferreiro martelando o ferro fundido. Minha mente trabalha incansavelmente para vê a verdade tão ornamentada de cores que há muito tempo não as viam, tudo vira ao reverso das minhas compreensões e quando vejo que vou admitir minhas destemidas emoções eu travo na insegurança prudente, fazendo-me calejar minha boca em mordidas de remorsos e tremor dos meus medos. 

  Talvez o disfarce da amargura esconda atrás da momentânea alegria, talvez eu engane sobre tantas presunções ou perca na imensidão das repostas que quero obter. Às vezes olho para dentro de mim e vejo um adolescente descobrindo novamente um sentimento desconhecido, perdendo a noção dos fatores que compõem o que sinto no intimo. Estou vasculhando tanto os seus sentimentos que fica suscetível eu perder por tanto mistério que possuo. No pequeno tempo de confidenciais eu descobrir que temos algo em comum, o receio de amar e confiar no próprio amor. Creio que desta decadente semelhança possua a força de que precisamos ou na fraqueza dela venha à inspiração que não possuímos. Preciso mais do que tudo a suas verdades, na calada dos meus olhares eu peço por algo tão singelo e virtuoso que tenho fraqueza em dizer. Somente não duvide das minhas pouquíssimas palavras, sou tão sincero quando digo ser merecedor dos meus exclusivos afetos e acalentos, que adormeço minha razão na satisfação de está realizando-me. Seguro minha mão com firmeza de caráter, vou mostrar o mundo que criei para viver uma vida não de fantasias e ilusões, mas algo seguro das malicias alheias, das mentiras maquiadas e invejas mascaradas. Algo que não seja comum ou cheio de regras, no intuito das minhas vontades eu mostrei onde fica o lugar, mas privarei por mostrar como chega, pois, somente eu sei o caminho mais perto que nos levará as motivações necessárias em vivermos aventuras surreais e amores estonteantes.

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