quinta-feira, 11 de julho de 2013

Na escuridão do amor.


   O momento memorável daquele encontro foi quando olhei em seus olhos e vi a semelhança da minha própria criatura. Era algo lúdico, nostálgico e surreal, nada há muito tempo deslumbrava minha realeza alma em ver que da mesma ambição tínhamos em comum.  Estonteante tudo que vinha no algoz desejo das minhas intimidades secretas. Sem medo de expor a minha carranca, vive o inesperado da vida, sem medir esforço algum da minha força, a razão saiu de cena. Foi que minha alma mágica apossou-se das entre linhas das minhas profecias, tomando para mim o reencarnado de milênios esquecidos pela minha sabedoria, sabendo que por fleches de memorias eu conhecia sua semelhança de momentos inesquecíveis. Tudo que minha espiritualidade dizia-me de um futuro desafiador, vieram minhas memorias soltando para o presente do convivo compactuado com minha realidade. Eu soube do seu passado por poucas vezes que falava, constrangia em dizer como era bandida e petrificada a paixão que assombrava seus desejos. As minhas escolhas não foram feitas por que escolhi, foi por causa do que desejei escolher. Foi por estas escolhas que despi das inseguranças de um amor blindado. Às vezes minhas verdades são cruéis para o seus ouvidos, mas são delas que a realidade do nosso amor solidifica-se.

  Mas do que aventura passeava sobre suas presunções, foram minhas convicções que fizeram acreditar que estava realmente apaixonado. Nossos laços de afeto e cumplicidade vão além do obvio deste simples mundo pessoal, talvez você não saiba o que carrego no meu intimo, mas é tão curioso o que sua alma curiosa quer saber de mim, que mesmo sem saber do que escondo atrás no ato dos íntimos lençóis, aguça ainda mais em fazer um pacto comigo. Trocando aos palpites o que esconde sobre sua pessoa, fazendo com que minha língua revele o principio do seu apego por mim, fazendo da moral da nossa historia o significado por amar-me sem alguma consequência relevante para sua razão adormecida.

  Uma coisa minha querida tenho em dizer no sombrio da escuridão, que sua preparação para a iniciação da nossa união, começou na vírgula que a morte nos separou por uma grande razão. Sei pelas cartas que joguei no tarô da minha maquiavélica mente, que as revelações que tive sobre ti, carrego na confidencias além do que menos você tem que saber sobre você mesmo. O que fere o meu orgulho apaixonado é duvidar por comparações passadas das minhas ações que nunca distribui para ninguém. Se for novo para sua alma o que sentes, crucifique-a por razão ou ame além da paixão. Mas não engana minha mortal inefabilidade de amar loucamente o que posso ter além das minhas compreensões.  Pois nosso amor não foi jogado pelas sortes ao ar, foi constituído nas tabuas de um destinado tempo fabuloso. Que a gloria de um relógio que não se pode rebobinar, fica em minhas lembranças embasadas o relapso do que vivi na ornamentada vaidade que não desgrudou mais de mim.

 

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