terça-feira, 30 de agosto de 2011

Insensatez amorosa

   Caminhei pelas ruas da cidade sozinho e com a solidão abraçada em minha sombra, pensava em ti o tempo todo, olhava nas poças de água, enxergava o seu nome, olhava a lua, eu via o seu rosto, em cada detalhe eu sentia sua presença, distante, mas sentia. Vagava pela luz do luar, o vento frio da noite salientava minha alma as minhas emoções envolviam-me como um véu de seda dançante ao vento. Que saudades minha querida, minha alma exprime em pensar em seu nome, fico extasiado, completamente abobado como mexe com meus sentidos. O seu cheiro vaga entre os meus dedos, suas lembranças caminham sobre os locais que a felicidade marcou encontro.  
   Nunca dei o valor que merecias, sempre esnobando sua paixão, para mim, parecia doentia, desprezavas como uma bastarda, melancólica desvairada, amava você e tinha medo de dizer, sua obsessão enlouquecia minhas estribeiras, não deixas eu viver, respirar a liberdade de sentir por um segundo amado. Tiravas meu fôlego com seus ciúmes escravo da submissão. O seu jeito histérico abusava em estragar meu dia, minhas companhias você destruía, já não tinha vida, não havia alegria.  Mas tinha algo em você que me hipnotizava, acabava esquecendo tudo e recomeçava de novo, foram tantos recomeço, subornei a infelicidade para que deixasse-me viver em paz meu coração está estraçalhado, destruído por tentar um novo que já está velho. Mas o tempo passou, o vento levou lembranças, memórias marcantes, mas não levou a saudades que sinto por ti.
   Mas você pegou-me de surpresa, deixando-me naquela tarde ensolarada depois da discussão que tivemos, esnobava como não houvesse o amanha, mas o amanha chegou tirando-me o fôlego a razão. Malas não foram levadas, nem a jóias se quer você quis levar, pois amava demais e não percebia. O preço que me foi pago, a solidão, invadindo a minha morada, carregando na bagagem o desprezo o cansaço do tentar, a solidão dormiu comigo naquela noite,minha alma doía, gemia desesperadamente por achar que voltaria em meus braços. Passaram meses, anos e não tinha nenhum sinal de você, nem rastros você deixou-me, pistas foram somente interrogações. Tudo o que sentia por você de ruim era o que você sentia por mim, o meu desprezo, minha falta de valor, acabou com suas esperanças, vagas, mas acabou. Depois de muito anos, caminhando pela cidade, eu a vi acompanhada, sorridente, exuberante como sempre, naquele momento, sentei-me na calçada, chorei amargamente, desprendi da saudade e soprei a cinzas que estavam em meu coração a saudade que havia, virou esperança, logo chegou o amor, deu-me a mão para levantar, não olhei para trás, caminhei rumo a felicidade que marcou encontro na próxima chance de tentar dizer: Eu te amo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jogo do amor


   Baby, conte-me sua sorte, tem sorte no amor? Ou no jogo de azar? Se não souber, vamos jogar o jogo do amor. Sente-se a mesa, jogue suas cartas, tira-as da manga, está valendo a sua alma.  Vamos ver sua sorte, colocarei as minhas cartas marcadas, deixarei que seu caminho seja decidido por suas estratégias ou pela sua mera sorte. Levarei você à loucura como na roleta russa, seus blefes em dizer que me ama que me adora, já saquei! Você está mesmo disposta a jogar. Surpreenda-me com o seu jogo, coloque-me no bolso, faça-me o seu pato, o seu escravo, desafie-me com suas jogadas ensaiadas, quero vê se o seu parceiro, o amor é bom de jogada. Não assuste se eu jogar sua esperança no buraco em desarma seus sinais ensaiados, você não será palha para mim! Desafio você entrar no tabuleiro da minha vida.
   Irei trucar você em todas as suas argumentações, se estiver blefando, irei perceber meu bem. Você disse que está apaixonada, mas na verdade você joga com o amor. Suas jogadas mudam constantemente, não entendo os sinais que você usa com o seu parceiro, sua psicologia é mais forte, hipnotizam-me e perco a jogada. Você ficará louca, quando viajarmos pelas jogadas  malucas, por grandes partidas, quando quero dá cartada final, você manipula minha jogada fazendo eu cai em uma tremenda roubada. Esperta você! Mas não se iluda, pois, ainda não saquei os meus truques, esta é minha vez de faze – lá perder a jogada, irei dar a você o que merece; um xeque-mate! Ou dançaremos um Rock no tabuleiro ou vai se acovarda?! Pensava que era boa em estratégia. Vou pegar mais leve contigo meu bem, venha jogar uma partida de poker, quem sabe você aprende a apostar em alguém certo. Minha joga já é ensaiada, não se anima, pois já perdeu mais uma jogada! Tenho em minhas mãos um Straight Flush.
   Quer continuar? Aposto tudo o que você quiser, mas lembre-se eu não vou aquietar-me, estou com sorte, com muita sorte. Deixo a donzela o pedido de retirar-se ou vai me encarar? O que está fazendo? O que é isso? Nunca vi este jogo? Como assim? Jogo do amor?  Você este tempo todo sabia de minhas jogadas, blefes e não disse-me nada! Não sei como chamá-la, aprendeu isso com seu parceiro canalha! Realmente você sabe jogar, tirou-me todas as minhas jogadas, minhas cartadas. Estou desarmado, completamente dominado por sua jogada simples e enigmática. Não quero jogar o seu jogo, rendo-me a sua sorte ao seu amor.  Basta-me da sua frieza em lidar com a minha mera euforia, minha sorte bandida. Mas não irei desistir, tenho minha ultima cartada, um ás de espada que trucarei o seu rei de coração. Jamais renderei aos seus caprichos, eu venci mais uma vez e vejo o seu semblante desmoronou como um castelo de cartas. Baby não tem sorte no amor, muito menos em suas jogadas, dependeste mais do seu parceiro morto, pois sua sorte é um blefe! Quer tentar me amar? Então saiba jogar o jogo do amor.    

sábado, 13 de agosto de 2011

Vivi um amor à pinceladas


   Andando pela rua apressado, algo chamou-me a atenção,  achei uma tela branca jogada ao lixo, havia somente alguns furos imperceptíveis que as traças causaram, mas, não impediam de ser pintada. Levei-a para minha casa. Coloquei em cima do pedestal, já está tarde, está muito cansado, o corpo pedia um banho e a tristeza de dormir sozinho não ajudava ter inspiração para pintar. Saindo do banho, cai diretamente na cama, estava carente, nunca havia sentido tanta solidão, o frio intenso da noite fazia-me encolher junto aos lençóis ao mesmo tempo remexia ansiosamente, sentia a cama um imenso espaço abandonado  sem algo que cariciasse meus desejos. Acendi a luz, vesti o roupão e fui ao ateliê. Coloquei o jaleco e peguei a espátula de cores, comecei a embolsar o que sentia naquele momento, minha vontade era de usar todas as cores da vida, mas contentava com as que tinham, fazia combinações que expressavam minha dor, borrava  a tela quando lembrava da dor, desenhei  formas abstratas, que somente as palavras poderiam dizer o que significava, pintei o sol, logo vinha o eclipse, depois vinham às nuvens e a tempestade inundava minha cena, fazendo lambança;  Parei de pintar naquele momento, já estava cansado, precisava trabalhar no dia seguinte, despir do jaleco, deitei-me mais aliviado.
   Quando acordei pela manhã, fui ao ateliê fintei meus olhos no quadro, estava em branco, esfreguei os olhos, olhei novamente, estava completamente límpido! Não acreditei! Fui para o trabalho apressado, perturbado com aquela sensação de está louco ou sonhando acordado. No meio do caminho, recebo uma ligação, era de um amor antigo, por mim pouco compreendido. Atendi, falamos um pouco, decidi juntar minha confusão com minhas emoções e desviei o caminho, fui ao encontro do amante. Chegando lá, ele não estava só havia uma rosa que não foi retirado os espinhos, em sinal da minha amarga retribuição ferindo com espinhos os seus sentimentos. Peguei a rosa com cuidado, levei para casa, o tempo nublado deprimia a minha alma, estava vazia, a rosa fazia-me companhia em meia a solidão.
   Chegando a minha casa, fui novamente ao ateliê, o quadro não estava mais em branco, havia uma pintura de uma rosa vermelha, semelhante a que está em minha mão. Percebi algo diferente no quadro, não era algo em comum, era algo fantástico, envolvi-me completamente em sua inspiração, daquela rosa que havia pintada, com algumas pinceladas, transformei- a em um belo buquê. Passou mais um dia, vive um novo encontro, chegando em casa,  vi outro retrato, havia uma noite linda e dois casais sentados a beira da praia olhando a bela lua pintada. Empolguei completamente, o quadro deu-me motivações amorosas, para pintar mais uma tela que ele deixava em branco ou quando chegava havia mais uma figura pintada, só tinha que acrescentar o que pulsava em minhas entranhas, minhas ambulantes lembranças da ultima paixão vivida. Houve momentos que pintei paisagens belíssimas, algumas vezes o quadro desenhava paraísos desconhecidos, eu pintava um sorriso, o quadro pintava um beijo inesquecível. Percebi que estávamos sendo cúmplice de minhas historias vividas, a cada dia ele modificava minhas pinturas, transformando-as nas mais belas figuras, ele foi tornando-me um artista, um compositor da vida. Nunca vivi tantas histórias pintadas, contadas a pinceladas, passava noite inspirado, misturando cores que davam o tom da minha manhã, do meu próximo amado.
   Tornei-me um pintor sucumbido do amor, da mais bela paixão. Cores não faltavam em minha vida, não faltava em meu dia-dia. Fiz do quadro meu diário, meu amigo, meu confidente amado. Certo dia, cheguei em casa inspirado, esperançoso de encontrá-lo em branco, mas ele estava rasgado, perdi a motivação, joguei as tintas a tela no lixo. Passaram-se dias, conheci um rapaz que gostava de poesia, falava-me não em refrões mais em pequenas cartilhas pintadas a mão, mensagens que contém parte de minhas historias, de cenas desenhadas a pinceladas rebuscadas. Começamos um belo romance, um dia ele foi a minha casa, deu-me mais uma de suas cartilhas, nela estava um retrato de um pintor frustrado, com uma mensagem: Sou um poeta de figuras vividas, desenho historias renascidas, entrei em sua vida para usar as cores do amor da alegria de um pintor, pintaremos cenas de nossas vidas, iremos encher nossa historia de pinturas vivas. 

domingo, 7 de agosto de 2011

Filmados pelo amor.

   Olho desesperadamente ao relógio roendo as unhas, ansiedade lateja com o tic-tac do relógio, ando de um lado para o outro e mesmo assim a campainha não toca, tenho um encontro marcado, mais uma aventura em minha agenda amorosa. Mas o tempo não passa! Estou ficando paranóico, completamente louco, ele mexe com minhas estribeiras, faz eu perde o controle do meu equilíbrio emocional. Estou louco de amor por ele, completamente encantado com a atenção que ele me dá, com a felicidade que ele carrega embrulhada em todos os presentes que eu recebo em cada encontro, não tenho palavras para expressar sua modéstia vontade de amar-me loucamente, corresponder-me em cada detalhe. Estou amarrado, amordaçado, sem forças para corresponder a sua doçura.
   A campainha toca, corro para o espelho, vejo se estou alinhado, minhas mãos estão tremulas, o suor não pode entregar-me que estou nervoso. Corro para a porta abro e vejo a sua imponência, sua elegância no olhar, deixando-me constrangido, derretido. Fica na minha memória a pergunta, onde ele está levando-me? Ele é sempre cavalheiro e sabe muito bem os meus gostos, adivinha os meus desejos. Temos uma sintonia invejável, harmônica, extravagante. Entrei no carro, como sempre, ele abriu a porta, fiquei apreensivo, pois ele estava mudo, não perguntou sobre o meu dia, sobre minha vida, achei que havia feito algo. O tempo passou e chegamos ao cinema, ainda calado, saímos do carro, ele já havia comprado os ingressos, entramos na sessão em cima da hora, quando chegamos não havia ninguém, somente havia duas poltronas naquele vasto salão e uma tela gigantesca. Sentamos, nos acomodamos, ele estendeu a mão e pediu para que eu segurasse na dele, segurando, ele apertou fortemente e sorriu. Quando começou o filme, fomos transportados dentro da tela.
   Nunca tinha visto tanta loucura, fui transportado para um mundo aonde tudo era possível. Entramos em uma cena de nossas vidas, aonde havia momentos de felicidade infinita e foi surpreendente, pode viver novamente o primeiro beijo,  cenas eu dei pausa, outro momento eu acelerei, alguns tive que voltar a cena, era tão bonita, que trazia o êxtase da satisfação, exclui algumas, passeamos pelos locais marcantes novamente, coisa pequenas eu modifiquei, algumas pessoas foram substituídas do script, caminhávamos de mãos dadas pelas cenas doidas, picantes, saliente, envolventes, que censurei (risos) , cortei cenas tristes, guardei na caixa do meu coração, como recordação de nossas diferenças, e abro para rimos das situações que o tempo apaga. De repente, ele parou de rodar o filme, paramos em uma cena que ele segurava minha mão dentro do cinema. Olhou em meus olhos, meu coração acelerou.
- Ele disse: Não há final para este filme, mesmo que corte as cenas, substitua as pessoas, que descarte a cenas tristes, ele continuará o mesmo, não tente modificar nossa eterna historia, eu levei você para dentro de nossas cenas, lembrar que o nosso amor, nossa devassa paixão pode sempre marca uma cena inesquecível de nossos momentos. Deixe que o final o amor conduza, juntos encenaremos nosso roteiro e daremos continuidade, fazendo em cada cena um final feliz.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Bon appétit paixão

   Coloquei a mesa para o jantar, peguei os meus talheres de prata, das minhas porcelanas chinesas, para prestigiá-la paixão pervertida, a luzes de velas iremos trocar caricias degustar uma boa comida, fiz especialmente para ti, ho! Minha rainha! Quero tratar-lhe como minha favorita, com o mais belo requinte do meu palácio, do meu mundo isolado. Escolhi o melhor vinho, o mais velho para podemos brindar nossas aventuras, nosso pacto sagrado. Tudo está pronto para ser servido, prefiro a meia noite ao som dos sinos da igreja, quero seguir o nosso ultimo ritual, como acordo pré nupcial. Sente-se a mesa, quero ter o prazer de puxar a cadeira, minha donzela, deixa-me tocar com as minhas mãos em sua pele macia, sua maquiagem egípcia, senti os seus lábios nos meus dedos, entrelaçar os seus cabelos em meu pescoço. Já estava sentindo saudades do seu olhar sedutor, encantador que me esqueço da minha nobreza.
    Não vamos nos apreçar em comer, pois ainda não é a nossa hora, deixar-me admira-la, apreciá-la como nunca, pois estaremos unidos, entrelaçados para sempre meu bem. Você fez tantas promessas, juras de desejos e deixou-me naquela manhã cinzenta, chuvosa, entre os meus lençóis, só ficou seu perfume no ar, mas o vento com o tempo o levou. Por que fizeste isso? Não merecia ser traído, vivendo de canto em canto amargurado, como um bastardo. Perdi a fome, o desejo intenso pela vida, pois era minha motivação, minha inspiração para compor as musica do meu ser. Havia momentos que as correntes do sofrimento machucavam meu apego por ti, mesmo rejeitado, traído, descompensado por sua rejeição, não havia nada que poderia acabar com este feitiço com este prazer em sofrer por ti.
    Injuriado eu fiquei, tornei-me um carrasco, um senhor do pecado, brotando em mim a razão. Aprendi muito, mas não foi o suficiente para o desapego alhear-me ao meu ser. Espere! Faltam dez minutos para o sino toca, vou perdi ao sevicias que tragam o jantar. – Senhora razão pode servi o jantar! (...) Parece o prato muito suculento, o seu prato preferido é o principal, antes, quero brindar o recomeço o renascer da nossa união, você será minha cúmplice, minha amante, minha vilã, minha bandida, que eu seja feliz ao seu lado, minha saliente vontade! Beba do vinho dos deuses, e deguste sua comida favorita. O sino soa em grandes badaladas anunciando nosso ritual, pois então, coma.
    O que está ocorrendo contigo?  Por que está engasgando? Esqueci de avisar você tolinha! Caiu direitinho em minha amarga armadilha, você enganou-se que está sofrendo por ti, vadia, meretriz da ignorância, tola da ilusão, seus disfarces baratos foram para o ralo da morte, onde está reservado o seu fim. O mesmo veneno que tentou colocar em minha comida, eu colocou na sua! Desprezível foram suas chances de tirar os meus apegos, minha governanta do meu lado. Agora morra agoniada, pois o ritual que fiz a você jamais poderá ressurgi em minha vida novamente!  - Razão, tire está prostituta, insolente e jogue para os amantes dela. Pois estou farto dela querer roubar minha liberdade, minha vontade de casar-me contigo minha verdadeira rainha razão. Somos tão harmônicos, bandidos, que envenenamos a paixão.