sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Bon appétit paixão

   Coloquei a mesa para o jantar, peguei os meus talheres de prata, das minhas porcelanas chinesas, para prestigiá-la paixão pervertida, a luzes de velas iremos trocar caricias degustar uma boa comida, fiz especialmente para ti, ho! Minha rainha! Quero tratar-lhe como minha favorita, com o mais belo requinte do meu palácio, do meu mundo isolado. Escolhi o melhor vinho, o mais velho para podemos brindar nossas aventuras, nosso pacto sagrado. Tudo está pronto para ser servido, prefiro a meia noite ao som dos sinos da igreja, quero seguir o nosso ultimo ritual, como acordo pré nupcial. Sente-se a mesa, quero ter o prazer de puxar a cadeira, minha donzela, deixa-me tocar com as minhas mãos em sua pele macia, sua maquiagem egípcia, senti os seus lábios nos meus dedos, entrelaçar os seus cabelos em meu pescoço. Já estava sentindo saudades do seu olhar sedutor, encantador que me esqueço da minha nobreza.
    Não vamos nos apreçar em comer, pois ainda não é a nossa hora, deixar-me admira-la, apreciá-la como nunca, pois estaremos unidos, entrelaçados para sempre meu bem. Você fez tantas promessas, juras de desejos e deixou-me naquela manhã cinzenta, chuvosa, entre os meus lençóis, só ficou seu perfume no ar, mas o vento com o tempo o levou. Por que fizeste isso? Não merecia ser traído, vivendo de canto em canto amargurado, como um bastardo. Perdi a fome, o desejo intenso pela vida, pois era minha motivação, minha inspiração para compor as musica do meu ser. Havia momentos que as correntes do sofrimento machucavam meu apego por ti, mesmo rejeitado, traído, descompensado por sua rejeição, não havia nada que poderia acabar com este feitiço com este prazer em sofrer por ti.
    Injuriado eu fiquei, tornei-me um carrasco, um senhor do pecado, brotando em mim a razão. Aprendi muito, mas não foi o suficiente para o desapego alhear-me ao meu ser. Espere! Faltam dez minutos para o sino toca, vou perdi ao sevicias que tragam o jantar. – Senhora razão pode servi o jantar! (...) Parece o prato muito suculento, o seu prato preferido é o principal, antes, quero brindar o recomeço o renascer da nossa união, você será minha cúmplice, minha amante, minha vilã, minha bandida, que eu seja feliz ao seu lado, minha saliente vontade! Beba do vinho dos deuses, e deguste sua comida favorita. O sino soa em grandes badaladas anunciando nosso ritual, pois então, coma.
    O que está ocorrendo contigo?  Por que está engasgando? Esqueci de avisar você tolinha! Caiu direitinho em minha amarga armadilha, você enganou-se que está sofrendo por ti, vadia, meretriz da ignorância, tola da ilusão, seus disfarces baratos foram para o ralo da morte, onde está reservado o seu fim. O mesmo veneno que tentou colocar em minha comida, eu colocou na sua! Desprezível foram suas chances de tirar os meus apegos, minha governanta do meu lado. Agora morra agoniada, pois o ritual que fiz a você jamais poderá ressurgi em minha vida novamente!  - Razão, tire está prostituta, insolente e jogue para os amantes dela. Pois estou farto dela querer roubar minha liberdade, minha vontade de casar-me contigo minha verdadeira rainha razão. Somos tão harmônicos, bandidos, que envenenamos a paixão.

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